Vivendo como um imigrante no Canadá ou ser filho de pais Portugueses, vemos e retratamos estereótipos associados a Luso-Canadianos.
O seguinte são alguns estereótipos frequentemente associados com os Portugueses:
- Que nós só comemos papo secos, queijadas de nata, rissóis, bacalhau e caldo verde com cerveja ou vinho tinto.
- Que os domingos estão reservados para ir a missa e para ver jogos de futebol.
- Ouvimos só a música do Fado
- Em termos dos tipos de trabalhos: os homens trabalham na construção e as mulheres trabalham na limpeza ou ficam em casa a tomar conta dos filhos.
Eu, como Luso descendente, fui exposta aos estereótipos que o público relaciona com as pessoas Portuguesas. Eu cresci a comer papo secos com manteiga e queijo, queijadas de nata compradas frescas na padaria, rissóis de camarão e pasteis de bacalhau, e também outros pratos tradicionais, especialmente da ilha Terceira. Todos os domingos eu ia (e ainda vou) com os meus pais e avó para a missa Portuguesa na igreja de Santa Helena, e de vez em quando rezamos o terço em família para Nossa Senhora de Fátima, quando recebemos uma coroa do Divino Espírito Santo em casa. Quando era pequena, o meu pai ia cedo de manhã para o trabalho, ele cortava a relva de casas com o seu patrão, e antes de vir para o Canadá, já trabalhava na construção. A minha mãe optou de parar de trabalhar quando eu nasci, para ficar em casa a tomar conta da filha e da casa.
É errado fazer esses pressupostos sobre todas as pessoas Portuguesas com uma base em estereótipos típicos, porque muitas pessoas Portuguesas não tiveram as mesmas experiências que eu tive. Existem Portugueses que não gostam de futebol, que não gostam do estilo de música do fado, e que não frequentam a missa ou rezam em casa. Também há Portugueses que não comem pratos e doces típicos da cultura Portuguesa. E finalmente, em termos dos trabalhos, não é certo assumir que todos os homens e mulheres Portuguesas trabalham na construção ou na limpeza. Há muitos Portugueses e Luso-descendentes que já quebraram este estereótipo típico do trabalho, que estudaram e foram para a escola secundária, universidade ou colégio e formaram-se. Essas pessoas tornaram-se professores, doutores, advogados, políticos, engenheiros, pilotos, artistas, proprietários de negócios e muito mais.
Finalmente eu queria acabar por dizer que nos não devíamos deixar que esses estereótipos nos definem. Ser Português temos, na mesma, a opção de escolher o que queremos celebrar e fazer na vida.
Marina Costa
Estudante de Certificate of Proficiency in Portuguese Language
Portuguese and Luso-Brazilian Studies, York University
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