Que saudade de ti, ó meu Portugal! Saudade de ouvir a tua língua majestosa que me faz sorrir quando a oiço bem tratada. Saudade de sentir o cheiro da maresia rica de sonhos e tristezas! Saudade de sentir nas minhas entranhas o sentimento de estar em casa! Saudade de ti minha fortaleza e abrigo de tempestades. Oh saudade que não me deixa dormir à noite de tristeza e incerteza de quando voltarei a ser teu e somente teu, oh meu Portugal! Saudade de correr por tua terra, que em tempos foi traída pela traição daqueles que se clamam teus mas não te protegem como clamam! Oh maldita saudade que não deixa o meu coração aquietar! Saudade de percorrer as tuas terras e aprender que a cada esquina está um poeta anônimo que tem uma história sobre ti, oh meu Portugal! Saudade de sentir o cheiro dos teus pescadores a chegar a Porto com o peixe que o teu mar, por direito, deu a eles para o seu pao de cada dia! Saudade de puder vir as ruínas que representam as tuas cicatrizes que comprovam que jamais morrerás, sim tu, oh meu Portugal serás eterno! Saudade de saber, sem saber, o porquê te amo tanto e não consigo deixar de romantizar contigo! Saudade de ti oh meu Portugal…. Pois cortaram as raízes da minha árvore da vida que se conectavam a ti quando ainda menino era. Oh meu Portugal, porquê quando oiço a tua grandiosa guitarra tocada pelo o teu grande Paredes, choro com lágrimas que ninguém vê? Porquê me fazes sofrer desta maneira? Porquê quando estou no calor da cama, não consigo dormir a pensar em ti? Sim tu meu eterno Portugal fazes me sofrer desta solidão tão avassaladora, porquê? Pois deste me a dádiva do teu povo, o poder
da saudade! Porque eternamente serei teu, oh meu Portugal! Oh meu Portugal, terra de descoberta e aventura, terra hospitaleira daqueles que necessitam de abrigo e refúgio! Saudade do paladar das tuas iguarias…. Saudade de me sentar à beira mar e ouvir as ondas a cantarem para mim. Oh meu Portugal será que ainda percebeste o quanto te amo? Até quando vai esta minha loucura? Não sei, mas sei que enquanto este meu sangue tiver força para correr estas veias que se apoderam do meu corpo eu vou te amar, oh meu Portugal!
Mauro Martins Antunes